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Centro de Londrina ganha projeção em Edifício

O “Rever a Volta” foi uma das ações realizadas pelo CICLO em dezembro de 2020. Uma grande projeção no Edifício Julio Fuganti, no coração de Londrina com a participação de artistas visuais brasileiros e uma homenagem a Nitis Jacon, a grande dama do teatro londrinense. O Circuito de Artes e Conceitos de Londrina é um projeto idealizado pela Palipalan Arte e Cultura, com o patrocínio da Copel e aprovado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura em fase de captação e que conta ainda, com o apoio institucional da Secretaria Municipal de Cultura de Londrina e da Superintendência Estadual de Cultura. 

A curadoria do CICLO, equipe formada por Ney Piacentini, Rogério Francisco Costa, Stela Fischer e Valmir Santos, foi quem selecionou os artistas para a edição de Aniversário de Londrina do “Rever a Volta”. Participam a bailarina Juliana Moraes (São Paulo), Denilson Baniwa (de Barcelos, Amazonas), Francisco Mallmann (Curitiba, Paraná) e Stefano Di Buduo (Itália), este com um vídeo em homenagem a Nitis Jacon, a grande dama do teatro londrinense. A Folha de Londrina, media partner do CICLO, também participou com o filme poema “Ao Deus das Coisas”.  

A projeção começou com as imagens cheias de poesia de Juliana Moraes, bailarina, coreógrafa e professora assistente do Departamento de Artes Corporais da UNICAMP. Ela traz para o “Rever a Volta” um extrato do projeto “Dança para Afastar a Peste”. O projeto é uma série de vídeo projeções que ela mesma vem fazendo na fachada lateral do prédio vizinho, que fica em frente à janela de sua sala de estar. O projeto iniciou-se espontaneamente no começo do período de isolamento social, devido à pandemia de COVID-19, em 2020, e vem se desenvolvendo desde então. Os vídeos projetados são filmados e compartilhados pelo Instagram. As imagens são editadas a partir do arquivo de registros de trabalhos coreográficos da artista, assim como de criações novas feitas especialmente para a série. A colaborações com antigos e novos parceiros completam o projeto. 

Denilson Baniwa, o segundo artista a participar do Rever a Volta é natural do Rio Negro, interior do Amazonas. É artista-jaguar e atualmente reside no Rio de Janeiro. Seus trabalhos expressam sua vivência enquanto Ser indígena do tempo presente, mesclando referências tradicionais e contemporâneas indígenas e se apropriando de ícones ocidentais para comunicar o pensamento e a luta dos povos originários em diversos suportes e linguagens como canvas, instalações, meios digitais e performances. Para o Rever a Volta, ela apresenta “O Sol Nascerá”, vídeo criado durante a quarentena e isolamento, com feito com projeção de vídeo sobre corpo e sons de arquivo. “Em momentos como este que vivemos é importante não perder as esperanças de um caminho melhor pra trilhar, mesmo em dias cobertos por nuvens de tempestades devemos imaginar o nascer do sol e o calor que vem dele. O sol nascerá e este novo caminho iremos trilhar sabendo que também precisamos mudar para o mundo novo que surgirá”, diz sobre a obra. 

O curitibano Francisco Mallmann é graduado em Artes Cênicas pela Faculdade de Artes do Paraná (FAP) e em Comunicação Social – Habilitação Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). É artista residente na Selvática Ações Artísticas e atua na intersecção entre poesia, performance, dramaturgia, artes visuais e crítica de arte. É idealizador e editor do Bocas Malditas – cena, crítica e contexto. Seus trabalhos e pesquisas recentes mobilizam, especialmente, a decolonialidade como terreno de articulação. No campo expandido da crítica de arte vem produzindo textualidades performativas que articulam – para além de um formato crítico – um comportamento reflexivo. Para o “Rever a Volta” ele traz a luz à escuridão e provoca a “não deixar dormir quem não nos deixa sonhar”. Mallmann também desenvolve inúmeras criações de contextos circunstanciais para o desenvolvimento de textualidades de/em/sobre arte além de ser membro da Associação de Críticos Internacionais de Teatro AICT – filiada à Unesco. É também coordenador do departamento de exposições temporárias e itinerantes do Museu do Holocausto de Curitiba e dá aulas de escrita na Escola de Escrita. 

A projeção do CICLO terminou com uma vídeo homenagem a Nitis Jacon, a grande dama do teatro londrinense, criada pelo cineasta italiano Stefano Di Buduo, ele também assina a edição de imagens de todo o Rever a Volta. Di Buduo nasceu em Roma, estudou “Artes e Ciências da Performance Teatral na Università La Sapienza, na capital italiana onde também fundou a empresa multimídia AESOP STUDIO. Seus projetos já o levaram para França, Portugal, Dinamarca, Polônia, Argentina, Brasil, EUA, China, Índia, Irã e Alemanha e Itália. Desde 2005, ele está envolvido há muitos anos como artista multimídia no projeto de espaço urbano “Città Invisibili” (Cidades Invisíveis) do Teatro Potlach, um dos coprodutores do CICLO.

O Circuito Artes e Conceitos de Londrina é um festival multidisciplinar, com patrocínio da Copel, apoio institucional da Secretaria Municipal de Cultura de Londrina, da Superintendência Estadual de Cultura e conta apoio da Visualitá Casa de Design e da Folha de Londrina e RIC Record TV como media partners.

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